Empatia – o que estamos aprendendo com o BBB
Hoje eu acordei com essa música na cabeça. Talvez porque a emoção do BBB ontem a noite tenha sido intensa. Fez pensar e repensar coisas que já sabíamos, mas que precisamos sempre reaprender. O Tiago Leifert foi muito didático, claro e preciso. Para quem tem seus preconceitos – inclusive de que o BBB é uma grande besteira – #ficaadica: estamos aprendendo muito com essas dores.
“Vamos ter como regra, então, nunca comentar nada do corpo de ninguém, que aí não tem erro (…) Não fazer isso com ninguém, ou somente com quem a gente tem extrema intimidade”. Pois é. pode parecer uma brincadeira boba e sem importância. Mas, a dor de quem sente é real e importante.
Sei que minha dor é menor do que quem sofre racismo. Como minha mulher diz, não fui impedido de fazer nada pela meus olhos puxados, minha cara amassada, pelo p!%%* pequeno, por ser inteligente e ter que morrer para alguém poder entrar na USP em meu lugar. Também não sou sushi, yakisoba ou qualquer expressão em japonês. Mas cansa. Tem horas que cansa muito e chateia. Nem sempre as pessoas escolhem ser gordas, magras. Que dirá de olhos assim ou assado, pele dessa ou de outra cor.
Esta geração, chamada de Y, tem isso que a Camila comentou: temos que ter essa responsabilidade. Pesquisar, entender, compreender. É uma transformação necessária. Na questão do João, de ontem, o principal é a luta, as dificuldades que a aparência – que é genética e não uma escolha – traz ao dia a dia das pessoas.
Então, pensar, repensar. Aprender e reaprender. Precisamos insistir até que a gente aprenda.
Não tem nego, neguinho ou negão. Não tem japa, japinha ou japão. Não tem gordo, gordinho, gordão. Chega. Não sabe o meu nome? Pergunte. Não tem certeza se o outro vai se ferir com sua fala, não diga. Simplesmente, respeite.
Perdeu o BBB, ontem? Assista. Coloquei o vídeo de toda a conversa franca, serena e lúcida do Tiago Leifert. Veja e reveja. Entenda.
#bbb #nakademy #racismo